Paulo Freire
Quem foi Paulo Freire?
Educador reconhecido internacionalmente pelo método de alfabetização.
Paulo
Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de
maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu
trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a
escolarização como para a formação da consciência. Autor de “Pedagogia
do Oprimido”, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do
"vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre
defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como
um modo de ser realmente democrático. É considerado um dos pensadores
mais notáveis na história da pedagogia mundia, tendo influenciado o
movimento chamado pedagogia crítica.
Por
seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma
inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina
e na África.
O
educador procurou fazer uma síntese de algumas correntes do pensamento
filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a
fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. [carece
de fontes?] Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou
a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais,
teólogos e militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de
esquerda.
Em
1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e
elaborar as idéias de Freire. O instituto mantém até hoje os arquivos
do educador, além de realizar numerosas atividades relacionadas com o
legado do pensador e a atuação em temas da educação brasileira e
mundial. Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997.
- Educação - para Paulo Freire educar é um ato político, pois se assume um compromisso com o outro, para que este possa ser sujeito da sua história e do seu processo de aprendizagem. Segundo ele é impossível pensar em educação sem afirmar que: “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”.
- Metodologia - a metodologia que ele utilizou durante toda a sua vida foi o método dialógico,
o qual não é apenas um método ou uma teoria pedagógica, mas uma práxis
que tem como objetivo libertar a opressão atuante na nossa sociedade.
Para ele é impossível qualquer ação humana sem comunicação dialógica, sendo que essa comunicação tem que ser horizontal, posto que se trata de sujeitos sociais que compartilham a experiência de transformarem o mundo e se autotransformarem. O conteúdo do diálogo é justamente o conteúdo programático da educação - Processo de aprendizagem - para Paulo Freire a apreensão do conhecimento do objeto, é estabelecida fundamentalmente no ato de ensinar e de aprender, do qual o educando e educador fazem parte. Nessa perspectiva, aprender é uma descoberta criadora, com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina.
- O Homem - na sua concepção o homem só começa a ser um sujeito social, quando estabelece contato com outros homens, com o mundo e com o contexto de realidade que os determina geográfica, histórica e culturalmente. O Homem é um ser autônomo, tridimensional ao tempo (passado, presente, futuro).
- O Educador - o educador é um profissional da pedagogia da política, da pedagogia da esperança, pois é ele quem necessita construir o conhecimento com seus alunos. Segundo Paulo Freire o educador deve ter como horizonte um projeto político de sociedade. Na sua perspectiva para ser educador é indispensável: rigorosidade metódica, pesquisa, respeito aos saberes do educando, criticidade, risco, reflexão crítica sobre a prática, pensar certo, liberdade e autoridade, humildade, e amorosidade pelo outro.
- O Educando
- o educando é um dos eixos fundamentais de todo o trabalho. No
entendimento de Paulo Freire o educando é o sujeito do seu
conhecimento. Isto significa que o educando precisa se conscientizar de
que ele é um agente transformador do mundo, capaz de refletir
criticamente sobre seu papel nos processos sociais transcendendo essa
concepção para a crença de que ele pode promover profundas
transformações em si, e por consequência, no mundo em que vive. Nas
suas palavras [1]: “Os
educandos são convidados a pensar. Ser consciente não é, nesta hipótese,
uma simples fórmula ou um mero ‘slogan’. É a forma radical de ser dos
seres humanos enquanto seres que, refazendo o mundo que não fizeram,
fazem o seu mundo e neste fazer e re-fazer se re-fazem, são porque
estão sendo”.
Enfim, a concepção de educação de Paulo Freire, não pode ser percebida apenas como uma crítica à educação bancária, tradicional e autoritária, mas como uma práxis que comporta uma ética pedagógica, política e epistemológica profundamente democrática. Afinal, educar é libertar o ser humano da opressão, do determinismo neoliberal, reconhecendo e percebendo-o como um ser histórico e temporal, que faz sua própria história!
Obras
do educador Paulo Freire:
•
A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária,
1961.
• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
• Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
• Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
• Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
• Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
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